Ithamara
Koorax Iniciou sua carreira profissional em 1990, apresentando-se na casa noturna Vou Vivendo (SP), com Paulo César Pinheiro e Guinga. O show contou com uma "canja" de Elizeth Cardoso, que se encontrava na platéia. Ainda nesse ano, participou do projeto "Vozes dos anos 90", realizado no Rio Jazz Club, tendo como madrinha Elizeth Cardoso, com quem gravou a faixa "Inquietação", no disco "Ary Amoroso". Também em 1990, participou da trilha sonora da minissérie "Riacho doce" (TV Globo), gravando a canção tema "Iluminada". Nesse mesmo ano, apresentou em show, pela primeira vez, as parcerias de Guinga e Aldir Blanc. Foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 1991 e 1992, excursionou ao Japão. Em 1992, dividiu o palco com Edu Lobo, além de se apresentar em seus próprios shows, atuando ainda como convidada especial no show de entrega do Prêmio Shell a Martinho da Vila, realizado sob a direção de Ricardo Cravo Albin (Canecão, RJ). Em 1994, gravou seu primeiro disco solo, "Luiza/Live in Rio", pelo qual foi contemplada com o Prêmio Sharp na categoria revelação MPB. Ainda nesse ano, dividiu o palco com Marcos Valle, interpretando a obra desse compositor, além de ter sido convidada para apresentar-se em Londres (Inglaterra), devido ao sucesso atingido no cenário europeu com sua interpretação hip-hop de "A rã" (João Donato e Caetano Veloso). Em 1994, gravou o disco "Rio Vermelho", lançado no ano seguinte, que registrou a última gravação de Tom Jobim. No ano seguinte, lançou "Almost in love: Ithamara Koorax sings the Luiz Bonfá songbook", com participação do próprio compositor ao violão. Voltou ao Japão em 1995 e 1996. Nesse ano, gravou com músicos japoneses o CD "Wave 2001". Seus três discos chegaram ao Top 15 da parada japonesa, publicada pelo Swing Journal. Com "Almost in love", editado no Brasil em janeiro de 1997, tornou-se a primeira artista brasileira a lançar e comercializar um CD exclusivamente pela Internet. Em 1997, apresentou-se, com o grupo Azymuth, em várias cidades brasileiras, pelo Projeto Pixinguinha. Em seguida, participou do CD/vídeo "Casa da bossa" (PolyGram), ao lado de César Camargo Mariano e do grupo vocal Os Cariocas, com o qual dividiu, ainda nesse ano, o palco do Metropolitan (RJ). Participou, ainda, das trilhas sonoras de "Policarpo Quaresma" (Carlos Lyra) e "Terra encantada" (Francis Hime). No ano seguinte, realizou uma temporada no Jazz Café de Londres (Inglaterra), ao lado do baterista Dom Um Romão, alcançando sucesso nesse país com um arranjo "acid" para "Mas que nada" (Jorge Benjor). Em seguida, viajou para Nova York (EUA), a fim de realizar a mixagem de seu CD "Bossa nova meets drum 'n' bass", primeiro disco de um artista brasileiro nesta moderna vertente da dance music. Ainda em 1998, atuou no disco "Rhythm traveller", de Dom Um Romão. Apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no concerto de lançamento do CD da Orquestra Petrobras Pró-Música, sob a regência do maestro Armando dos Prazeres. Participou, ainda, de dois CDs lançados internacionalmente pela gravadora PolyGram: "A trip to Brazil: 40 years of bossa nova" e "House of bossa". No ano seguinte, excursionou pelo Brasil ao lado de Dom Um Romão, participou do disco beneficente "Street angels", produzido por Arnaldo DeSouteiro. Também em 1999, participou de uma série cultural de espetáculos que apresentavam a história da MPB. O evento, realizado no Teatro da Universidade Federal Fluminense (Niterói), tematizando os festivais de música dos anos 60, contou com a apresentação de Ricardo Cravo Albin. Nesse mesmo ano, lançou seu sexto CD, "Serenade in blues", gravado entre o Rio de Janeiro e Nova York. O disco, que contou com a produção musical de Arnaldo DeSouteiro e as participações de Eumir Deodato, Gonzalo Rubalcaba, Jay Berliner, Dom Um Romão e o grupo Azymuth, foi eleito pela revista Down Beat um dos sete melhores do ano de 2000, na categoria "Beyond Album". Participou de várias trilhas sonoras de novelas da TV Globo ("Pedra sobre pedra", "Fera ferida", "Renascer", "Araponga", "Cara & coroa", "Estrela Guia", "Celebridade") e dos songbooks de Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim e Marcos Valle, produzidos por Almir Chediak. Na área do jazz, gravou com Ron Carter, Larry Coryell, Sadao Watanabe, Eddie Gomez e Gil Goldstein. Em 2000, "Serenade In Blue" recebeu três pré-indicações para o Prêmio Grammy, figurando na Entry List nas categorias de Melhor Álbum Vocal de Jazz, Melhor Produção (Arnaldo DeSouteiro) e Melhor Arranjo (Eumir Deodato, pela faixa "Aranjuez"), além de ter sido premiado pelas revistas "Swing Journal" e "CD Review", no Japão. Ainda em 2000, foi citada como uma das melhores cantoras de jazz do mundo na votação da revista "Down Beat", proeza antes alcançada somente por uma outra cantora brasileira, Flora Purim, entre 1974 e 1979. Também em 2000, na mesma eleição da "Down Beat", ficou em terceiro lugar na categoria Beyond Artist, atrás apenas de Sting e Carlos Santana, e à frente de Joni Mitchell, Stevie Wonder e Tom Waits. Nesse mesmo ano, voltou a apresentar-se no Japão e participou do Candem Town Jazz Festival, em Londres. Fez shows nas Lonas Culturais de Bangu, Realengo, Vista Alegre e Campo Grande, em 2000 e 2001. Nesse ano, voltou a se apresentar em Londres, realizou três temporadas no Mistura Fina, no Rio de Janeiro, e apresentou-se em turnê de shows pelo interior de São Paulo, promovida pelo SESC. Ainda em 2001, fez sua oitava gravação para novelas da TV Globo: a música "Cristal", tema da personagem de Sandy na novela "Estrela Guia". Atuou nas gravações das trilhas sonoras dos filmes sobre Glauber Rocha, Juscelino Kubitschek e Carlos Marighela, dirigidos por Silvio Tendler, e exibidos pela TV Cultura. Participou da série "Sempre Baden", em homenagem a Baden Powell, no Rio de Janeiro (Sala Baden Powell). Também em 2001, apresentou-se com João Donato em São Paulo, nos espaços SESC Pompéia e Bourbon Street, no qual o show foi gravado, gerando especial de televisão exibido pela DirecTV. Teve faixas incluídas nas coletâneas "Jazz Ladies Vol.2" (editada pela Warner-France) e "Blue Voices" (Zyx Music), lançadas nesse ano, ao lado de gravações de Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Tony Bennett e Chet Baker. Também em 2001, foi apontada entre as melhores cantoras de jazz do ano por várias revistas européias, japonesas e coreanas, como "CD Review", "Jazz CD" e "Swing Journal". Nesse mesmo ano, lançou em toda a Ásia o CD "Cry Me A River", editado também em DVD-Audio. Ainda em 2001, seus discos "Wave 2001", "Bossa Nova Meets Drum & Bass", e "Serenade In Blue" foram relançados em DVD-Audio. Em 2001, tornou-se a primeira cantora brasileira a figurar na parada POP chinesa, alcançando o sexto lugar com o single "Un Homme Et Une Femme", extraido do disco "Serenade In Blue". Em 2002, lançou na Coréia e na China, o CD "Black Orpheus Revisited". Realizou temporadas do show "Standards" no Mistura Fina (RJ), contando com a participaçao especial do pianista Mario Castro-Neves. Apresentou o mesmo espetáculo na Praia de Copacabana (RJ), na mostra de música organizada pela Coca Cola, paralelamente ao Festival de Cinema BR. Fez shows em festivais de jazz e de música eletrônica em Londres, Manchester, Amsterdam e Roma. Gravou faixas para os projetos especiais "Hot Style Selection", "New Jazz Meets Brazil", "Ibiza 2002", "Ministry of Sound/Clubber's Guide To Breaks", "Chill Out Wear", "Timbre of Irma" e "Rio Strut", lançados mundialmente. Teve faixas incluidas nas coletâneas "The Best of Brazilian Jazz", lançada nos Estados Unidos pelo selo Verve, "A onda que se ergueu no mar", organizada por Ruy Castro para a Universal Music, "Lounge Jazz", "Gourmet Music Deluxe" e "Brazilian Flavour", estas três editadas no mercado europeu. Participou, em quatro faixas, do CD e LP-triplo "The Dom Um Romao Remix Project" (JSR/Irma), trabalhando com os DJs Seiji, Opaque, Catalyst, Scent, Unity e King Kooba. Lançou, exclusivamente em vinil, três remixes da música "Mas que nada", de Jorge Benjor, que logo alcançaram o topo das Dance Music Airplay Lists no cenario europeu. Participou, também, do CD "Remixes", do DJ ingles Seiji, lançado na Europa pelo selo Goya Music. Gravou a trilha sonora de "JK - O menino que sonhou um país", do diretor Sílvio Tendler, apresentando-se na solenidade oficial de lançamento do filme, no Memorial JK, em Brasilia, em setembro de 2002. Lançou o CD "Someday", que rapidamente chegou ao primeiro lugar nas paradas de jazz em vários países da Ásia (Japão, Coréia, China e Tailândia), com a faixa-título, composiçao e arranjo de Mario Castro-Neves, alcançando o Top 10 na lista das músicas mais tocadas nas rádios daqueles países. O disco, gravado entre Monte Carlo (Mônaco), Colônia (Alemanha), Londres (UK), Nova York (EUA) e Rio de Janeiro, contou com a participação de músicos e arranjadores como John McLaughlin, Jurgen Friedrich, Claus Ogerman, João Palma, Sérgio Barroso, Dom Um Romão, Juarez Araújo, Manuel Gusmão, Jorge Pescara, César Machado, José Carlos Bigorna, Sidinho Moreira e Azymuth. Na edição de dezembro de 2002 da revista "Down Beat", na 67ª votação anual dos Melhores do Ano, foi apontada a quarta melhor cantora de jazz do mundo. Em 2003, continuou a ampliar sua área de atuação internacional, realizando sua primeira excursão pela Escandinávia, realizando concerto sld-out no Martinus Concert Hall, na Finlandia. Fez nova turnê pelo circuito do SESC em São Paulo, realizou o show de encerramento do SESI Jazz & Bluies Festival, apresentou-se na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (Salvador) para seis mil pessoas - num show que contou com Palmyra & Levita, João Donato e Emilio Santiago - em setembro, e também num concerto de gala no Sofitel Hall em Itapoã. Realizou três temporadas na casa noturna Mistura Fina, em janeiro, maio e outubro de 2003. Em novembro, atuou como convidada especial da temporada de três semanas do baterista João Palma na casa noturna Partitura (Rio). Na edição de dezembro de 2003, a Down Beat elegeu o CD “Love Dance” como o quinto melhor disco do ano, atrás somente dos álbuns de Norah Jones, Steely Dan, Radiohead e The Roots. "Love Dance" também foi considerado um dos melhores discos de 2003 pela prestigiosa revista norte-americana The Independent Weekly, além de receber aclamação na JazzTimes, na Cadence, e nas publicações japonesas Swing Journal e CD Journal. O mais recente filme do diretor Silvio Tendler, "Glauber, O Filme - Labirinto do Brasil", para o qual Ithamara Koorax gravou a trilha sonora com músicas de Villa-Lobos em arranjos do maestro Eduardo Camenietzki, foi lançado no Brasil em março de 2004, e apresentado em seguida na mostra oficial do Festival de Cinema de Cannes. Em junho, estreiou em NY, no Film Forum (209 W. Houston St., west of 6th Ave.), sob o título "Glauber, the Movie - Labyrinth of Brazil." Única brasileira contratada pela Milestone Records, a mais importante gravadora de jazz dos EUA, Ithamara já lançou sete álbuns-solo (“Ao Vivo”, “Rio Vermelho”, “Almost in Love”, “Wave 2001”, “Bossa Nova Meets Drum & Bass”, “Serenade in Blue”, “Love Dance”), com participações de nomes do quilate de Antonio Carlos Jobim, Ron Carter, Luiz Bonfá, Sadao Watanabe, Larry Coryell, Eumir Deodato, Gonzalo Rubalcaba, Jay Berliner, Ary Sperling, Fabio Fonseca, Marcos Valle, Laudir de Oliveira, João Palma, John McLaughlin, Mário Castro-Neves, Dom Um Romão, o grupo Azymuth e muitos outros. Ithamara aparece como única cantora brasileira incluida nos CDs “Blue Voices” e “Jazz Ladies Vol.2”, lançados mundialmente, onde suas gravações estão ao lado de faixas de Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Tony Bennett e Chet Baker. Mantendo a tradição, Ithamara Koorax abriu a temporada anual do Mistura Fina, em janeiro de 2004, mais uma vez com lotação esgotada em todas as sessões. Em seguida, apresentou-se com seu trio por duas semanas no Partitura, tendo o maestro e pianista Mario Castro-Neves (radicado em nos EUA) como convidado especial. Iniciou trabalho em duo com Victor Biglione, realizando recital no Le Canton (Teresópolis), em fevereiro. Seguiram-se shows em Búzios e no Museu do Açude, com o trio. Em maio, um concerto em duo com o pianista Jovino Santos Neto (ex-tecladista e diretor musical de Hermeto Pascoal durante 15 anos) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para mil e duzentas pessoas. Em julho, concerto no SESI, em São Paulo, com Victor Biglione, além de showcases em Londres, onde o CD "Love Dance" foi lançado pela distribuidora New Note. Em junho de 2004, o CD "Love Dance", lançado
no Brasil pela Som Livre, foi um dos três finalistas do Prêmio
TIM de Música Brasileira, concorrendo com Flora Purim e o grupo
Sepultura na categoria especial de "melhor disco em língua
estrangeira". |